Olá caros Amibos! Hoje, e provavelmente outras vezes, vou fazer um textículo de Recomendação Musical. Saibam, queridos, que eu sou um maldito metaleiro, e que, se você não conhece Manowar, eu não vou apertar sua mão. Piadas a parte, gosto de ouvir quase de tudo, mas minha preferência fica ao redor do Rock e do Heavy Metal. Eu inclusive sou baterista de um cover de Motörhead, a Motörfuckers.
Algumas recomendações são de gemas preciosas perdidas no espaço tempo, outras de bandas indies emergentes ou até grandes e consagrados, ou coisas bizarras que nem Cthulhu ouve costumeiramente.
Tem alguma sugestão para eu ouvir e escrever aqui no Super Amibos? Deixe nos comentários!
Também queria agradecer meu amigo Leandro (@letonho), vocal e baixista do vídeo acima, que me manda muita coisa bacana para ouvir (ou não).
Dito isso vamos começar:
O CONSAGRADO: THEM CROOKED VULTURES (2009)
Vou dar uma trapaceada para falar do consagrado, visto que a banda é “nova” mas tem membros já muito escolados nessa brincadeira de Roquenrou. Them Crooked Vultures é uma banda que desafia o tempo. Porquê, jovem, você me pergunta. Bom, permita-me explicar. Você, querido amibo mais “maduro”, deve gostar de Led Zeppelin né? Um dos pais do Hard Rock e uma das bandas mais populares dos anos 70. Eles tinham o visual, eles tinham riffs explosivos, eles tinham uma bateria moedora de ossos, eles tinham um baixo gordo e pulsante, eles tinham tudo. Já você, jovem dos anos 90-2000, deve gostar de Queens of the Stone Age não é mesmo? Como esquecer do clipe magnífico de Go With The Flow? Ou da apresentação no Rock in Rio de 2001 em que o Nick Olivieri, na época baixista da banda, ficou pelado e chocou as senhorinhas que acompanhavam a transmissão da rede Globolum. E claro, as participações do Dave Grohl como bateristas de várias músicas. Eu falei em Dave Grohl? Certamente não preciso explicar quem ele é, talvez o maior Rockstar da atualidade. Bom, juntem essas três bandas e vocês tem o Them Crooked Vultures. Com Josh Hommes (vocal e guitarra do QotSA), John Paul Jones (Baixista do Led) e Dave Grohl (batera do Nirvana e fundador do Foo Fighters), eles chutam bundas de uma forma espetacular, com o feel do antigo de uma forma nova. O album que linkei acima, homônimo, lançado em 2009, é uma obra de arte do começo ao fim. Destaco em especial a faixa de abertura “No one loves me, neither do I” e “Gunman”. Houve boatos de novas gravações, mas desde então eles deixam os fãs numa espera maldita de um segundo orgasmo auditivo.
O NOVO: HORISONT – ODISSEY (2015)
Horisont é uma banda da Suécia (esperem muitas coisas deste país escandinavo maravilhoso aparecendo aqui) de 2006. Agora no final de 2015 eles lançaram esse álbum, chamado Odissey e puta que o pariu. Sério, esse talvez seja um dos melhores álbuns de Rock dos últimos anos. Primeiramente, essa capa lembrando as capas antigas de livros de ficção científica tipo Asimov. Além disso, o álbum mostra a cada faixa claramente as influências da banda, passando dos clássicos como Grand Funk Railroad, Deep Purple, Led Zeppelin e vários outros. O vocal é como um Glenn Hughes em sofrimento perpétuo e isso é animal. A faixa de abertura (vídeo acima) é um esculacho, uma suruba musical de 10 minutos do mais alto calibre de paudurescência. Uma verdadeira odisséia eu diria (han han, mãozinha fazendo gesto). O resto do álbum não deixa a desejar de forma nenhuma. Eles tem outros 3 álbuns, que se não me engano estão todos prontos para apreciação no Spotify e Last.fm. Ouvão.
O BIZARRO: MR BUNGLE – DISCO VOLANTE (1995)
O Mike Patton é foda. Foda demais. Tipo, eu sou hetéro, casado e daria pra ele. Fácil. O range vocal desse maldito é uma sacanagem. Ele já participou de mais bandas que é possível contar, todas espetaculares, a mais conhecida, claro, é o Faith No More (fui no show deles agora em setembro e foi animal) e outras menos conhecidas tipo o Fantomas ou Tomahawk, além de dublar algumas coisas para videogames como os orbs raivosos de Portal. Mas não vou falar de nenhuma delas, embora qualquer uma se encaixaria no tópico “bizarro”. A banda Mr. Bungle, que talvez seja o projeto paralelo mais popular dele, e também conta com Trevor Dunn do The Melvins, poderia ser definida como se o Frank Zappa chapasse de chá de fita ou qualquer coisa parecida e tivesse uma bad vibe terrível. O segundo álbum da banda, chamado Disco Volante, de 1995, talvez seja o mais difícil de ser ouvido por conter minutos com sons ambiente, barulhos esquisitos que devem ter vindo de pesadelos bizarros e músicas totalmente quebradas sem tanta estrutura e contexto. Em especial queria citar Carry Stress in the Jaw, que é um free jazz misturado com death metal, e Desert Search for Techno Allah, que são repetaculé.
É isso galerinha, outro dia temos mais recomendações musicais!
Tá mandando bem na bateria hein… O TCV já conhecia, o resto vou ouvir depois, mas é legal que tenha esse tipo de postagem no Superamibos m/
CARALHO, Mr. Bungle é uma das minhas bandas preferidas, ganharam mais meu respeito ainda! Disco Volante é realmente um disco bem complicado de se ouvir, caso alguém tenha interesse em mergulhar na sonoridade da banda recomendo o California que é bem light, até romântico às vezes mesmo que o álbum se despeça com Goodbye Sober Day. O primeiro disco deles eu visualizo em muitas faixas várias referências que as bandas de nü metal tomaram para si (não só pelas fotos mascaradas e de uniforme que o Slipknot se inspirou) mas a barulheira de músicas como My Ass Is On Fire.
PS: a Dead Goon, última do primeiro álbum, me lembra muito o “It”, parece uma trilha sonora que casaria perfeitamente com aquele filme, aquele palhaço.
Eu sou maluco por Mr Bungle. Esses dois albuns são bem mais de boa de ouvir e são maravilhosos. Egg é uma música perfeita pra mim. Eu já ouvi até as demos tosconas deles que pipocam por aí na interwebs! Hahahaha! Algum dia talvez eu comente sobre os dois outros álbuns numa coluna! Obrigado pelo comentário Berje! =D